30 junho 2009

Maria de Lurdes Cruz - Obesidade

0 - Introdução

Este trabalho de pesquisa, foi pedido no âmbito da avaliação do modulo, alimentação em lares e centros de dia, do curso de geriatria B3.

Escolhi este tema da obesidade porque achei que era importante, uma vez que hoje em dia a obesidade tem vindo aumentar, pricipalmente nos jovens porque estes criam maus abitos alimentares,que se não forem corregidos podem causar graves problemas de saude durante as suas vidas, tornando-se muito complicado quando atinjirem a terceira idade.

A obesidade é uma doença! Mais, é uma doença que constitui um importante factor de risco para o aparecimento, desenvolvimento e agravamento de outras doenças.
Há tantas pessoas obesas a nível mundial que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou esta doença como a epidemia global do século XXI.

1 - O que é a obesidade?

De acordo com a OMS, a obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar a saúde.
É uma doença crónica, com enorme prevalência nos países desenvolvidos, atinge homens e mulheres de todas as etnias e de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem elevadas taxas de morbilidade e mortalidade.
A obesidade acarreta múltiplas consequências graves para a saúde.


2 - Quais são os tipos de obesidade?

Obesidade andróide, abdominal ou visceral - quando o tecido adiposo se acumula na metade superior do corpo, sobretudo no abdómen. É típica do homem obeso. A obesidade visceral está associada a complicações metabólicas, como a diabetes tipo 2 e a dislipidémia e, a doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, a doença coronária e a doença vascular cerebral, bem como à síndroma do ovário poliquístico e à disfunção endotelial (ou seja deterioração do revestimento interior dos vasos sanguíneos). A associação da obesidade a estas doenças está dependente da gordura intra-abdominal e não da gordura total do corpo.


3 - O que causa a obesidade?

O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos, em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia dispendida. Os factores que determinam este desequilíbrio são complexos e podem ter origem genética, metabólica, ambiental e comportamental.

Uma dieta hiperenergética, com excesso de gorduras, de hidratos de carbono e de álcool, aliada a uma vida sedentária, leva à acumulação de excesso de massa gorda.
Existem provas científicas que sugerem haver uma predisposição genética que determina, em certos indivíduos, uma maior acumulação de gordura na zona abdominal, em resposta ao excesso de ingestão de energia e/ou à diminuição da actividade física.


4 - Quais são os factores de risco?

• Vida sedentária - quanto mais horas de televisão, jogos electrónicos ou jogos de computador, maior a prevalência de obesidade;
• Zona de residência urbana - quanto mais urbanizada é a zona de residência maior é a prevalência de obesidade;
• Grau de informação dos pais - quanto menor o grau de informação dos pais, maior a prevalência de obesidade;
• Factores genéticos - a presença de genes envolvidos no aumento do peso aumentam a susceptibilidade ao risco para desenvolver obesidade, quando o indivíduo é exposto a condições ambientais favorecedoras, o que significa que a obesidade tem tendência familiar;
• Gravidez e menopausa podem contribuir para o aumento do armazenamento da gordura na mulher com excesso de peso.


5 - Que consequências para a saúde acarreta a obesidade?

• Aparelho cardiovascular - hipertensão arterial, arteriosclerose, insuficiência cardíaca congestiva e angina de peito;
• Complicações metabólicas - hiperlipidémia, alterações de tolerância à glicose, diabetes tipo 2, gota;
• Sistema pulmonar - dispneia (dificuldade em respirar) e fadiga, síndroma de insuficiência respiratória do obeso, apneia de sono (ressonar) e embolismo pulmonar;
• Aparelho gastrintestinal - esteatose hepática, litíase vesicular (formação de areias ou pequenos cálculos na vesícula) e carcinoma do cólon;
• Aparelho genito-urinário e reprodutor - infertilidade e amenorreia (ausência anormal da menstruação), incontinência urinária de esforço, hiperplasia e carcinoma do endométrio, carcinoma da mama, carcinoma da próstata, hipogonadismo hipotalâmico e hirsutismo;
• Outras alterações - osteartroses, insuficiência venosa crónica, risco anestésico, hérnias e propensão a quedam.


6 - Como se previne a obesidade?

• Dieta alimentar equilibrada;
• Actividade física regular;
• Modo de vida saudável.

7 - ENVELHECIMENTO E ATIVIDADE FÍSICA
Investigar os efeitos da actividade física sobre o envelhecimento representa avaliar a possibilidade de o indivíduo activo, principalmente na chamada "terceira idade", ter a expectativa de uma melhor qualidade de vida, e talvez retardar os efeitos do envelhecimento.

Torna-se uma providência obrigatória, principalmente para os indivíduos mais idosos uma avaliação física criteriosa e uma adequada orientação para a prática de exercícios. Um aspecto interessante é perceber que, na verdade, o indivíduo mais idoso pode se beneficiar com a prática de exercícios, até mais do que os indivíduos mais jovens.

A explicação para este fato é, na realidade, bastante lógica: nós sabemos que a inactividade física leva a uma regressão progressiva da capacidade funcional de diversos órgãos e sistemas do nosso corpo. Sem nenhuma dúvida o sistema que mais se ressente da inactividade é o sistema muscular. Os nossos músculos literalmente atrofiam com a falta de uso.


8 - SAÚDE E MOTIVAÇÃO

A saúde é definida como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doenças ou enfermidades". Esta definição é seqüencial à definição que surgiu no final de 1940, por ocasião da constituição da OMS (Organização Mundial da Saúde). Ao contrário, saúde se identifica com uma multiplicidade de aspectos do comportamento humano voltados a um estado de completo bem-estar físico, mental, social e espiritual, onde à saúde representa um estado dinâmico de bem-estar positivo daqueles que possuem hábitos que promovem a saúde, diminuindo o risco de doença prematura e morte.

De acordo com os especialistas, a obesidade tem sido tratada como uma doença aguda (do tipo resfriado) quando deveria ser vista como uma condição crónica (como uma doença cardíaca ou diabetes). Como objectivo final de um programa de reeducação é a perda de peso e sua manutenção.

Pelo menos oito problemas importantes estão associados à obesidade:
• Dificuldade Emocional;
• Aumento de osteoartrite;
• Aumento da incidência de hipertensão arterial;
• Aumento dos níveis de colesterol e de outras gorduras do sangue;
• Aumento da diabetes;
• Aumento de doença cardíaca;
• Aumento do câncer;
• Aumento de morte prematura;

De acordo com a maioria dos especialistas em controle de peso, o tratamento da obesidade deve envolver três elementos:
• Dieta: a ingestão calórica deve ser reduzida, preferivelmente por meio da redução do conteúdo de gordura da dieta e do aumento da ingestão de carboidratos e de fibras dietéticas (p.ex. grãos integrais, frutas e vegetais);
• Exercícios: o gasto energético deve ser aumentado.
• Modificação comportamental: varias técnicas devem ser empregadas, incluindo: Autocontrole, controle dos eventos que precedem a alimentação, desenvolvimento de técnicas para controlar o ato de comer, reforço por recompensas.

É importante ressaltar que, mesmo na ausência de aumento de peso corporal, há um aumento na quantidade de gordura corporal que acompanha o envelhecimento. Esse aumento implica uma significativa diminuição no número de fibras musculares de contracção rápida. (Iwanaga et. al. 1990)

Mesmo idosos magros têm mais gordura corporal que jovens magros, a qual se localiza ao redor das vísceras, do fígado, do coração, do pâncreas, etc. (Jacob Fª, 1995).
Em mulheres, principalmente, com a inclusão diária de actividades físicas, a massa gordurosa se distribui de maneira mais homogénea, pelo gasto de energia dispensado, podendo interferir na auto-estima feminina melhorando a qualidade de vida. A actividade física tende a ser dependente de vontade, de desejos e, principalmente, de motivação contribuindo para a boa saúde mental e física (Azevedo,1998, p. 21).


9 - Genética como factor de risco para a obesidade

Obesidade é uma condição causada por um ambiente com abundância de calorias e relativamente pouca actividade física que é modulada por um genitivo susceptível. Embora tenham sido descritas algumas síndromes raras de obesidade causadas por mutações em genes únicos, de longe a maior proporção de obesidade em humanos não é devida a isso. Predisposição genética pode não ser uma sina para a saúde, porém estudos indicam que variações genéticas herdadas são factor de risco importante para a obesidade. Evidências de estudos com gémeos adoptados sugerem fortemente que eles têm similaridades com pais biológicos na manutenção do peso corporal. Factores genéticos também estão começando a ser relacionados ao grau de eficiência na adopção da dieta e actividade física regular para redução de peso.

Você não pode mudar seus genes, mas pode mudar seus hábitos

Então isso significa que aqueles com genes que os tornam susceptíveis estão destinados a uma vida toda de esforços frustrados para conseguir um peso saudável? Esse não necessariamente precisa ser o caso. Não podemos mudar nossos genes, mas podemos mudar nossos hábitos. Pequenas vitórias na perda de peso — muitas vezes tão pequenas quanto 10% da massa corporal total — podem causar efeitos positivos na saúde e bem-estar, ainda que não seja alcançado o peso ideal. Ainda, os benefícios da actividade física regular incluem baixar a pressão arterial e elevar o condicionamento cardio respiratório até em pessoas que estão bem acima do peso. A longo prazo, compreender as variações genéticas que influenciam o metabolismo energético pode nos ajudar a identificar os factores biológicos que afectam o ganho de peso e gasto de energia, e desenvolver acções que tiram proveito desse conhecimento. Finalmente, reconhecer que a obesidade pode ser devida a uma condição metabólica, ao invés de falha na personalidade, é importante tanto para as pessoas afectadas quanto para a sociedade como um todo.


10 - A IMPORTANCIA DA ÁGUA PARA A SAÚDE

A água tem importância vital para o ser humano.
Constitui a solução fundamental para a vida: oferece o meio no qual ocorrem os processos metabólicos celulares e participa como substrato de várias reações orgânicas; é essencial para os processos de digestão, absorção, circulação e excreção que ocorrem no organismo; constitui o meio de transporte de nutrientes para as células e de metabólitos destas para a excreção; participa directamente da regulação da temperatura corpórea e auxilia todos os órgãos a funcionarem adequadamente.


11 - A importância da alimentação na terceira idade

Os primeiros registos de associação de alimentação à saúde datam de cerca de 2500 anos atrás. "Que o teu alimento seja o teu remédio e que teu remédio seja o teu alimento" pregava o filósofo Hipócrates, pai da Medicina e pioneiro na utilização de alimentos no tratamento e prevenção de doenças. Com o passar dos anos, nosso organismo passa por diversas transformações. Para continuar com saúde e disposição, prevenindo e tratando as doenças já instaladas, a alimentação é um ponto fundamental.
Sob o ponto de vista fisiológico, o idoso tem uma redução de diversas propriedades do organismo. Além de alterações na dentição, que dificultam a mastigação; e de locomoção, um obstáculo para a busca de alimento; as funções digestivas, absortiva, gástrica e intestinal estão reduzidasEm qualquer faixa etária, é importante a atenção à variedade na hora das refeições. O prato típico nacional, composto de arroz, feijão, carne, salada e vegetais, é um bom começo. Na terceira idade, a receita não é diferente. Os idosos devem ter cuidado para não restringir a alimentação a carboidratos, como pães e massas; e às formas líquida ou pastosa, como as sopas. Embora mais fáceis de ingerir e preparar, devem estar sempre acompanhadas de frutas, verduras e salada.

As proteínas são encontradas especialmente nas carnes. Se houver dificuldade de mastigação, o leite, ainda que o de soja em caso de intolerância à lactose; bem como peixes ou ovo, são óptimas fontes. No caso dos legumes, para facilitar devem estar bem cozidos e macios.

Quanto às frutas e vegetais, podem ser ingeridos sob a forma de suco Assim como os medicamentos, suplementos vitamínicos e alimentação devem ser consumidos a partir de orientação de profissionais especializados. Isso porque a existência de doenças crónicas é um factor relevante a ser considerado. A vitamina A, por exemplo, é hepatotóxica. Sua suplementação não deve ser indicada para portadores de insuficiência hepática. Diabéticos, hipertensos e portadores de insuficiência renal ou cardíaca são outros exemplos que devem receber
atenção especial neste aspecto. O mesmo vale para os preparados de líquidos de fórmulas nutricionais especiais para idosos, disponíveis em casas especializadas. Ainda que voltados às carências típicas desse público, seu consumo tem seguir indicação profissional.

Familiares e cuidadores devem estar sempre atentos aos hábitos alimentares dos idosos, verificando quantidades e variedades ingeridas a cada refeição, bem como sua frequência. Em caso de visível perda ou ganho de peso repentinos, é necessária avaliação médica para investigação das causas. Muito mais que um sinal de alimentação inadequada, tais sintomas podem advir de doenças graves.


12 - Conclusão

Conclui com este trabalho que cada vez mais devemos ter cuidado com alimentação que temos e que damos aos nossos filhos, para que estes não venham a sofrer de um tipo de doença ao longo da sua vida.

Já tinha algum conhecimento do que era a obesidade mas com esta pesquisa descobri os problemas graves que podem surgir se não tivermos cuidado com o que comemos, se não tivermos alguma actividade física, podemos ter um envelhecimento muito complicado e sem qualidade de vida, portanto está nas nossas mãos mudar os maus hábitos e envelhecermos saudavelmente.

13 - Referências

http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/obesidade/causaseconsequenciasdaobesidade.htm
http://www.webartigos.com/articles/13934/1/a-importancia-do-controle-de-obesidade-nos-idosos/pagina1.html
http://www.copacabanarunners.net/obesidade-genetica.html
http://www.riodouro.com.br/curiosidades.php?id=31
http://www.sitecurupira.com.br/aliment_saudavel/ana_paula.htm